Há (alguns! só alguns! ;) anos atrás, era eu uma teenager e já ouvia os mais velhos dizerem que o mundo tinha evoluído tanto que já tinham ficado para trás. Imagine-se: os telefones estavam a ser trocados por telefones com botões, já haviam computadores (hoje em dia já nem se pode chamar computador àquilo, com a cassete e a chiadeira anexada para jogar um mísero jogo).
E lembro-me de, já adulta, ter começado a trabalhar e de os meus pais (num rasgo de modernice) me obrigarem a ter um telemóvel (que mais parecia uma bigorna) para poder estar contactável quando saía, a tarde e más horas, da agência.
Achávamos os adultos desactualizados, fora de tempo. Acho que eles próprios se achavam.
O pior é que acho que a nossa geração corre mais riscos de ficar para trás do que eles.
O que o mundo evoluíu nos últimos 15 anos é muito coisa para a maior parte das camionetas. E não falo só de tecnologia, falo de questões sexuais, de questões éticas que se prendem com a evolução da ciência.
É realmente um mundo novo que temos de assimilar todos os dias. Só em termos profissionais: antigamente as pessoas sabiam a profissão dos filhos, actualmente há tantas e novas profissões que as pessoas sabem o nome da área ou da empresa.
Quando os nossos minis forem adolescentes, daqui a uns 10 anos, vão estar a anos-luz do que nós éramos em teenagers. E se calhar nessa altura, o famoso iPad que acabou de sair agora, vai ser uma piada jurássica.
Corremos o risco não só de ficarmos desactualizados mas de sermos uma espécie em via de extinção. O Homo Sapiens Cota.
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