Já me tinham avisado. Fazer trabalhos de casa com eles é como bater com a cabeça na parede várias vezes seguidas, é como esgotarmos toda a nossa paciência em apenas alguns minutos, é um exercício de auto-controle, até conheço quem peça o desfibrilador tal é estado de nervos em que se encontra.
Na sexta feira passei por isso. É realmente um processo difícil, tão difícil que o FBI ou CIA bem que podia introduzi-lo nos exercícios de preparação dos Jack Bauers da vida.
A miúda levanta-se da cadeira 50 vezes, depois deita-se em cima da mesa outras 50, olha para o tecto e para todo o lado menos para o livro. Responde tudo ao lado porque está a pensar noutras coisas (pelas vezes que respondeu mal deve ter pensado em TUDO o que alguma vez lhe passou pela cabeça). E se eu não soubesse que ela de parva não tem nada ficaria na dúvida se a minha filha não teria algum problema de aprendizagem. E quando acerta à primeira é porque se distraíu e concentrou-se, logo acertou. Percebem a complexidade disto?
E perguntam vocês, mas porque é que fui ajudar? Porque é que não faz sozinha como nós fazíamos? A resposta a isto são os últimos dois parágrafos acima. E o facto de eu já ter o jantar feito e ver que aquilo não ía avançar nas próxima horas se eu não fosse lá dar um empurrãozinho.
E quando acabamos o suplício (para as duas, porque foi) ela diz-me: Agora vou fazer um desenho, do meu camarim. (!?!?!?) E eu pensei: Pois eu vou beber um whiskey.
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