January 19, 2012

Recuerdos

Hoje fui espreitar a um blogue que tive em tempos. Depois acabei-o porque me estavam a chatear algumas visitas. Encontrei uns textinhos que eram, na altura, o que eu continuar a fazer no blogue. Entretanto a coisa mudou um bocadinho de rumo e isto ficou mais um diário. Aqui ficam.


Mamã, dá licença?
Ser mãe é, concerteza, uma forma de nos realizarmos. Mas ter uma carreira, um corpo cuidado, o peso ideal, tempo para ler e um marido tão feliz quanto nós, também. E aqui começa o grande drama dos tempos actuais: (e daí o nome do meu blog) hoje em dia é preciso pedir licença para encaixar a maternidade na nossa vida.

Pedir licença ao nosso T1, licença ao nosso emprego, licença à nossa conta bancária e, principalmente, licença à nossa cabeça. No momento em que os nossos filhos nascem, com eles vêm: um amor incondicional e uma dose de culpa. E, curiosamente, são ambos inesgotáveis.

Sentimos culpa porque temos de deixá-los para ir trabalhar. Ou, culpa porque pomos a realização profissional para segundo plano. (Ou para plano nenhum, se ficarmos em casa). Culpa de sair tarde ou culpa de sair cedo. Culpa de lhes dar mimo demais e de eles se tornarem insuportáveis e indisciplinados, ou culpa de falta de tempo para os encher de beijinhos.

E com tanta culpa, quem é que ainda tem tempo para pôr creme hidratante? Eu, não tenho...

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