Regimes totalitários

Ontem realizei que vivo num regime pouco democrático cá em casa. Estou para decidir se é mais Pide se é mais Cuba.

A mais velha:
- Mãe, o que é o jantar amanhã?
- Mãe, estamos no caminho para casa, mas tu disseste que íamos ao supermercado!
- Mãe, quando for grande posso ficar com a tua mala?
- Mãe, porque é que me estás a vestir isto?
- Mãe, o que é que vamos fazer à tarde?
- Mãe, já deste o xarope à G?

A mais nova:
- Mã!!! Óguti! Dá! Dá! Dá!
- Mã! Anda! Anda!
- Mã! Ótus! (trad: Sportacus. Ou seja: Quero ver a Vila Moleza pela milésima vez. Mas só a música do genérico)

Tenho ou não tenho razão?

Reconhecer uma cara

Sempre reconheci as pessoas pela cara, mesmo tendo passado muito anos sem as ver, ou de as ter visto em criança e depois as encontrar já adultas. Há custa disso já me armei ao pingarelho e fui falar com pessoas que não faziam ideia de quem eu era, só para perguntar se se lembravam de mim. Entre outras, uma mãe num parque infantil, com quem eu costuma brincar na rua quando tinha 3 anos. (Óbvio que ela não se lembrava de mim) e a última, a minha professora de Psicologia do 10º ano que disse que sim, sim que se lembrava de mim.
Ora hoje descubro esta notícia que diz que isto é mais ou menos hereditário. Neste caso eles estão a pesquisar a falta de aptidão para decorar caras. O artigo vem com um teste incluído. Eu já fiz. E tive uma percentagem de 86% de respostas correctas. Isto quer dizer que devem haver mais cromos ainda do que eu por aí. ;)

A verdadeira pobreza de espírito

No sábado tive o desprazer de estar a passar na Av. da Liberdade quando se realizou a manisfestação a favor da tradição e moral e bons costumes (entre outras coisas leia-se contra o casamento gay)

Numa avenida cheia de estrangeiros, que paravam para tentar perceber qual o tema da manisfestação, tive muita vergonha de ser portuguesa. Apeteceu-me fazer as malas e ir embora. O pior é que sei que ía encontrar este tipo de gente no resto do mundo também.

Como é que alguém perde tempo a manifestar-se contra a liberdade dos outros? Quer dizer, estamos com a maior escandaleira no Governo e ninguém liga, e depois vamos chatear quem não quer chatear ninguém?
Estou farta que confundam a Igreja com o Estado. Que achem que o que a relegião defende tem de ser aplicado em toda a sociedade. Aposto que muitos dos que ali estavam vivem vidinhas tristes a tentar esconder tendências que sentem mas que nunca vão ter coragem de assumir.

E depois o "apego" à tradição. Agora que já fizémos um discurso estúpido vamos cantar um fadinho!?! Um horror. E depois a Associação de Família Numerosas também metida ao barulho. Um filme de terror. Já pensaram que o facto de terem mais filhos lhes aumenta as probabilidades de terem um filho gay? E neste caso, de estarem a trabalhar para que ele seja uma pessoa infeliz e deslocada só porque os pais não querem aceitar as pessoas como são?

Fiquei mesmo triste.

De pequenino se torce o pepino

Eu: G. o que estas tu a tramar?

Ela: Nana (Tradução: Nada)

Play it again, mom!

A minha filha mais nova, aos 18 meses, fala 90% menos do que a irmã falava com a mesma idade. Não que ela fale pouco, note-se. Não é a mesma coisa. Ela tem uma capacidade de se fazer entender muito própria, principalmente quando mete musiquinhas infantis de qualidade duvidosa . E por mais que nós a estimulemos, e a irmã também, estamos nós todos a aprender a língua dela.

Ela: Ãhn!Ãhn!
Tradução: Música da Vila Moleza cujo refrão tem estas palavras

Ela: Izi!
Tradução: Take it Easy do Mika

Ela: Pópó
Tradução: Jingle da Popota

Há dias em que não tenho dúvidas nenhumas

Depois de umas mini-férias bem merecidas, graças à surpresa do marido e à (como sempre) boa vontade e paciência da Super Tia (obrigada Titi!) lá voltamos ao normal. E com isto quero dizer não só trabalho, mas tosses, febres e afins.
Enquanto trabalho ao lado da minha pequenota a dormir (já sem febre), confirmo que não podia ter feito melhor escolha em vir para casa trabalhar. Se alguém por aí tiver hipóteses e estiver com dúvidas, já sabem: hoje é esta a minha opinião ;)

Steve Jobs

Uma grande amiga mandou-me isto hoje. É um discurso do Steve Jobs verdadeiramente inspirador. São 15 minutos que valem mesmo a pena. E para quem, como eu, deixou "o importante" para trás para ficar mais por casa (num acto considerado por muitos de loucura) ou para quem foi mandado embora na vaga de despedimentos da crise ou simplesmente para quem questiona o estilo de vida todos os dias ou para quem deu um passo considerado menos seguro, é um verdadeiro conforto pensar que nem sempre o caminho "certo" é o melhor para nós.

"Have the courage to follow your heart and intuition. They somehow already know what you truly want to become. Everything else is secundary"

Obrigada A. ;)

Ao que eu cheguei

Uma destas noites quando uma das miúdas chamou, pela milésima vez, sentei-me na cama para lá ir mas o sono era tal que não consegui. O M. levantou-se e foi ele. E eu continuei como estava...

Passado um bocado acordo e estava sentada (não encostada à cabeceira da cama, mas sentada na beirinha) de cabeça para trás e boca a aberta, a dormir SENTADA! (como me equilibrei fica um mistério). Nem naquelas noites de grandes borgas (e copos, claro) cheguei a este ponto.
Ao que uma pessoa chega...

E lá vai mais uma...

Ela: Mãe, o que é que temos dentro da cabeça?

(Algumas pessoas nada, outras como tu têm uma coisa chamada cérebro)

D. Estefânia

Olha agora que querem mandar o D. Estefânia abaixo? (Eu só soube hoje)
Mas que chatice. Porque é que não metem lá dinheiro para aquilo ficar (ainda) melhor e se deixam de tretas? Ai, estou sem paciência para este país....

Se o meu pai fosse português...

Isto somos nós os três, sendo que o do meio é o pai, de BIGODE. looool
Eu sou aquela com uns lábios pintadissímos, vá-se lá saber porquê!
A irmã foi deixada de fora, claro.

"Mãezices"

A minha filha mais nova não chora. Ela guincha. Guincha como fazem os golfinhos (sabem quando os mostram a comunicar no National Geographic?) só que atinge decibéis de um Pterodactilus Rex (isto existe? existiu?) e faz tremer quem está por perto, os meus pobres tímpanos e o meu (acabado) cérebro.

Mas também é ela que todas as manhãs ao acordar, fica aos beijinhos e abracinhos a desejar-nos bom dia. E é nessa altura que a borrachinha da mãe babada apaga toda a escandaleira que ela fez no dia anterior.