Com os dias de escola a terminar procuro forças para um Agosto de "Oh mãe, a J. bateu-me!", "Mãe, tu és uma chata", "é sempre a G. e nunca eu!"
E isto leva-me ao tema, que ontem discutia com uma amiga, sobre as que "nasceram para ser mães". Acho que todas acreditamos que há as sortudas que nasceram com essa estrelinha e a quem a vida corre sobre rodas e que conseguem resolver tudo sem dramas e com um sorriso. E depois, há as outras, como nós, que fazem o melhor que podem, que adoram os seus filhos, mas que muitas vezes se sentem exaustas, cansadas e sem saber o que fazer com as teimosias, birras e afins que vão surgindo.
Como o meu marido me me chamou a atenção e com muita razão, estas coisas dos blogues tem vindo a acentuar este tema. Como só se posta o que se quer, e da forma que se quer, há blogues de mães que mais parecem um livro de contos de fadas. Ou é porque a mãe em questão se recusa a falar das partes mais chatas/cansativas de ser mãe, ou porque gosta de enaltecer as maravilhas e as facilidades (apesar de ter uma rede de apoio - avós, empregadas sempre prontos a ajudar), fazendo com que nós, as outras pobres mortais, nos sintamos as piores mães do mundo por admitirmos que estamos cansadas.
E lá por dizermos as verdades não quer dizer que sejamos mal agradecidas pelas crianças que temos, nem pela nossa vida e pela saudinha. É só assumirmos que somos humanas.
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