Quando todas as manhãs eu e a minha filha mais velha discutimos sobre a escolha da indumentária que ELA decidiu levar para a escola, (que normalmente incluem peças para temperaturas 10 graus mais baixas do que as actuais) fico sempre um bocadinho feliz no meio da falta de paciência natural de quem está cheio de sono.
Enquanto cresci, sempre ouvi que ser vaidosa, que exagerar na importância que se dá aos trapinhos, era sinal de frivolidade, de materialismo. Acho que faltava um bocadinho de Girl Power a este discurso, e fico contente que a minha filha já venha geneticamente programada para se achar a mais "perua" e gira do mundo (é aqui, que tenho de dizer obrigada sogra. Bem, mas avancemos ;)
E achei tão engraçado, quando me veio parar às mãos o documentário September Issue sobre a Anna Wintour (a senhora da Vogue que serviu de inspiração à Meryl Streep no Diabo Veste Prada) em que ela diz que lá porque uma pessoa gosta de vestir coisas bonitas (no caso dela coisinhas baratinhas! ;) não quer dizer que seja uma pessoa burra. E a prova disso é ela mesmo.
A imagem tem cada vez mais importância. As marcas sabem-no, as pessoas já vão sabendo. Ser um bocadinho vaidoso, no sentido bom da palavra, só faz bem. Principalmente ao ego.
E posto isto, vou dar uma volta ao meu armário e talvez, daqui a uns tempos, lá me conveça a usar uns saltos altos...
1 comment:
Relembro o que era a adolescencia e a perseguição aos que não usavam a marca A ou o sapato B e a pressão que isto gera em cabeças frescas. Os putos têm tempo pra ser vaidosos e o pior do mundo. Antes de mais, os miudos têm de dar importancia ao que realmente os vai moldar socialmente. não é preciso andar com uma saca de sarapilheira com 3 buracos, mas larguem a Gant kids... digo eu que sou do contra....
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